Ecossistema Dunar
Ecossistema Dunar
A costa portuguesa tem 900quilómetros, sendo que cerca de metade dessa extensão arenosa é pontuada, frequentemente, por ecossistemas dunares.
As dunas são resultado da interação do vento, da areia e da vegetação. O vento arrasta a areia até encontrar um determinado obstáculo (uma pedra ou planta, por exemplo), a areia acumula-se formando um pequeno monte que lentamente vai sendo povoado por plantas da orla costeira, designadas por plantas pioneiras que fixam a areia com as suas raízes. As plantas associadas a este ecossistema têm uma incrível resistência à salinidade, às grandes amplitudes térmicas, ao excesso de luminosidade e à falta de água doce.
As dunas mais pequenas, que se encontram mais próximas do mar, são chamadas de dunas embrionárias. Por sua vez, as dunas maiores e mais distantes do mar, são designadas de dunas primárias, secundárias e terciárias.
Nas dunas primárias podem ser encontradas as seguintes espécies: Cordeiro-da-praia Feno-das-areias, Estorno, Morganheira-daspraias e o Cardo-marítimo.
Nas dunas secundárias, que já são enriquecidas por matéria orgânica, podemos encontrar espécies como o Narciso-das-areias ou a Madorneira e nas dunas terciárias podemos encontrar a conhecida Camarinha e o Pinheiro-manso.
Entre os vários fatores responsáveis pela degradação deste ecossistema costeiro destacam-se os molhes, os pontões, a falta de passadiços que encaminhem as pessoas até ao areal e a utilização de veículos motorizados nas dunas.
Também as espécies invasoras são problemáticas. O Chorão-das-praias que encontramos em tantas praias, contribui intensivamente para a redução das espécies autóctones que protegem as dunas. É de salientar que qualquer fator que afete a vegetação das dunas, atinge todo o sistema dunar.