Trabalhos 2018
Escola Básica de Perafita
Escalão: 2º escalão (2º e 3º ciclos, Secundário e Superior)
Descrição do painel:
O painel tem 1,83m x 2,44m e representa um espaço da Floresta Autóctone, de modo simbólico, com toda a sua biodiversidade. Nele estão presentes várias espécies da fauna (pica-pau, ouriço-cacheiro, gineta, tritão-verde e corujão), da flora (carvalhos, folha do carvalho negral, bolota e bugalho, flor e fruto do zambujeiro, madressilva, hera, loureiro e cogumelos) e, ainda, rochas e água, de modo a salientar a importância ambiental e ecológica destes espaços florestais, em geral, e no território mediterrânico, em particular.
Memória descritiva:
O Painel da Floresta foi realizado pela turma do 7ºE nas aulas de Educação Visual e de Ciências Naturais, sob a orientação das professoras Ana Moreira e Susana Arouca, respetivamente.
Na disciplina de Ciências Naturais, os alunos realizaram cadernos de campo em tamanho A5. Optou-se por este instrumento valioso para desenvolver capacidades cognitivas e criativas, onde os alunos são os sujeitos ativos no seu próprio processo de aprendizagem. Os alunos iniciaram o seu trabalho elaborando uma lista de espécies animais e vegetais autóctones. Optaram por desenvolver um trabalho mais exaustivo no âmbito da flora com o loureiro, o azevinho, o carvalho, o medronheiro, a azinheira e cogumelos. Foram recolhidas folhas, flores e frutos de diferentes espécies vegetais, os grupos identificaram e pesquisaram informação em guias de campo da Fapas, Quercus e netgrafia como o nome científico e as suas principais caraterísticas morfológicas. Os alunos que optaram pelas espécies animais (pica-pau verde, pica-pau malhado, tritão-verde, gineta, corujão, ouriço-cacheiro) foram desafiados a pesquisar nome científico, detalhes morfológicos, como a cor da plumagem, tamanho da cauda, dimensão, forma do bico, … e comportamentos, como por exemplo, o que comem, onde vivem, etc…
Na elaboração da folha de papel reciclado do seu caderno de campo, os alunos tornaram-se mais observadores, analisando os detalhes de plantas e animais e complementaram com desenhos/fotografias e colagens de elementos naturais.
De um caderno de registo de observações passou a documento onde é possível consultar, estudar e até completar informações.
Em Educação Visual procurou-se fazer passar a mensagem de modo artístico e criativo, sem, no entanto, esquecer os aspetos científicos previamente abordados em Ciências Naturais, pelo que se decidiu realizar o painel em dois planos. Assim sendo, num primeiro plano representou-se o habitat de modo figurativo, através de um desenho científico de observação das espécies e num segundo plano, superior e mais afastado, representou-se um cenário de modo abstrato e inspirado na síntese geométrica de uma árvore, de Piet Mondrian.
A partir da visualização de imagens sobre espaços florestais e respetivas espécies de fauna e flora, cada aluno selecionou uma imagem para desenho individual de observação, de estudo. De seguida, foram elaborados trabalhos individuais de desenho e pintura, com técnica mista a guache e pastel seco, sob papel aguarela. Foram também recolhidas texturas, no espaço exterior da escola, pelo método de fricção, com utilização de carvão sob papel manteigueiro, para representação das rochas. Todas as figuras foram recortadas e coladas em cartão, de modo a criar relevo e profundidade de campo.
Na fase seguinte, cada aluno elaborou a sua interpretação geométrica abstrata, com utilização da técnica de aguada de guache para as superfícies e tinta da china para as linhas de contorno, sob papel aguarela.
O trabalho prosseguiu com uma dinâmica coletiva de trabalho, com o desenho e recorte de dois carvalhos em cartão forrados através da técnica de mosaico, com o corte e colagem de pedaços de cartolina canelada castanha e, ainda, a pintura do painel de MDF em tons de azul e verde, para criar o fundo, onde foram aplicadas as figuras previamente elaboradas. Foram ainda acrescentados pormenores, recortados em cartolina canelada branca e verde, e colados.
No âmbito deste projeto, para além do estudo da floresta e seu habitat, foram exploradas técnicas de expressão plástica, com utilização de materiais diversos, promovendo competências científicas e artísticas, a criatividade e o sentido estético.
Para a realização do painel foram utilizadas duas placas de MDF com 5mm de espessura, aproveitando a sua dimensão máxima. Para funcionar como uma estrutura autoportante, as placas foram divididas ao meio, coladas e novamente juntas por uma dobradiça de piano. Para este trabalho contámos com a colaboração do animador socioeducativo, António Fachada.
Numa primeira fase o painel foi colocado no átrio de entrada da escola, para a inauguração que teve lugar no dia 2 de junho, Dia Eco-Escolas e, simultaneamente, Dia do Aluno do Agrupamento. Posteriormente será afixado numa parede da escola.
Fotos do painel: