Trabalhos 2018
Jardim de Infância/Escola Básica nº1 de Arganil
Escalão: 1º escalão (jardins de infância e 1º ciclo)
Descrição do painel:
A Paisagem Protegida da Serra do Açor (PPSA) situa-se no concelho de Arganil, distrito de Coimbra e ali encontram-se dois sítios de especial interesse, a Mata da Margaraça e a Fraga da Pena.
A Mata da Margaraça, gerida pelo ICNF, constitui uma das raras amostras ainda existentes da vegetação natural das encostas xistosas do centro de Portugal tal como existiria séculos atrás e destaca-se na paisagem. Apresenta-se como uma floresta muito antiga dominada por castanheiro, carvalho-roble ou alvarinho, que coexistem com outras espécies de interesse como o azereiro, o loureiro, o azevinho, entre muitas outras.
Os incêndios de 15 e 16 de outubro de 2017 que devastaram toda a região centro do país, naquele que já foi considerado como o maior incêndio do país, não poupou o concelho de Arganil nem a Mata da Margaraça, tendo ardido cerca de dois terços da sua área, um verdadeiro desastre ecológico para as gerações presentes e futuras.
Por conseguinte, este painel quer prestar a homenagem da nossa escola a esse precioso ecossistema, apresentando-se dividido em duas parte: antes e depois do incêndio. O fundo é de papel de jornal, sendo o «antes» pintado de azul com uma árvore viva e o «depois» de cinzento com uma árvore negra por cima de recortes de jornais dessa semana fatídica para a população local e para as crianças que viveram esse drama.
Memória descritiva:
O trabalho começou com ações de sensibilização sobre a Área Protegida da Serra do Açor e as suas espécies autóctones, tendo tido a colaboração de uma técnica do ICNF. De seguida, os alunos visitaram a Mata e puderam constatar o nível de destruição sofrida, a sua capacidade de regeneração e os planos para a sua revitalização.
Surgiu, para a construção do painel, a ideia de o dividir em duas partes: antes dos incêndios e depois dos incêndios.
O primeiro passo foi a construção da base rígida para a sua construção, tendo-se utilizado duas placas de rufe mate.
O segundo passo foi a cobertura integral da placa com papel de jornal que ficaria a servir de base do painel.
O terceiro passo foi a divisão das duas áreas e sua ornamentação.
A área representativa do «antes dos incêndios», do lado esquerdo do painel, com uma árvore de grande porte construída com tecidos e lãs representando um azereiro. O fundo desta área é em papel de jornal pintado com tinta de cor azul.
A área representativa do «depois dos incêndios», do lado direito do painel, inclui o fundo em papel de jornal com destaque para capas de jornais de 16 de outubro e dias seguintes, fotografias e uma árvore estilizada com tubos de cartão pretos, simbolizando a floresta ardida, a destruição.
Entre as duas áreas, foi colado um açor, ave de rapina típica desta região e que coabita este território. O Açor que, apesar da destruição, sobreviveu à tragédia e continua a voar nas áreas verdes e nas ardidas.
Na parte inferior, as crianças que simbolizam o presente e o futuro e que atravessam todo o painel mesmo na parte queimada – as crianças não desistem de lutar contra a destruição e por um mundo melhor.
O quarto passo foi a colocação da moldura no painel para sua afixação na parede da escola. Foram utilizados tubos de cartão cortados que serviram para este efeito.
Técnicas e materiais utilizados
Técnicas: colagem, recorte e pintura
Materiais: 2 placas de rufe mate; tubos de cartão; jornais; lãs; tecidos; cartão e carlolina; cola branca; cola UHU.
Intervenientes
Turmas do 2ºA e 2ºB constituídas por 39 alunos com a colaboração das docentes titulares de turma e da animadora do «Clube Girassol».
Fotos do painel: