Trabalhos 2023/2024
Photo Frame
Escola EB 2,3 de Marinhais (Salvaterra de Magos)
Escalão:
Fotos do trabalho:
O que motivou a escolha da paisagem representada?
O que motivou a escolha da paisagem representada?
A paisagem representada foi obtida durante uma caminhada, dos alunos do 8º ano, pela charneca gloriana, para comemorar o Dia Internacional das Florestas - 21 de março, uma data que nos permite refletir sobre a importância das florestas e de nos comprometermos com a sua preservação e cuidado.
Com esta iniciativa, ficámos a conhecer a biodiversidade e geodiversidade da charneca de Glória do Ribatejo, freguesia do concelho Salvaterra de Magos, onde se insere a nossa escola.
A nossa floresta é constituída essencialmente por espécies autóctones, como os sobreiros, loureiros, medronheiros, pinheiros, bravo e manso, e também algumas espécies introduzidas como o eucalipto. Existem muitas outras espécies, arbustivas, adaptadas à secura do clima, como os tojos, as estevas, o alecrim, o rosmaninho, a murta, as urzes, a carqueja e o carvalho anão ou carvalhiça.
As florestas são consideradas o pulmão de Terra, purificam o ar, reduzindo o dióxido de carbono, principal gás de efeito de estufa (GEE), evitando as alterações climáticas, regulam o clima diminuindo a temperatura e aumentando a precipitação, produzem oxigénio vital à nossa sobrevivência, protegem os solos da erosão, tornam os solos mais ricos em matéria orgânica e constituem o habitat e fonte de alimento de muitas seres vivos.
O trabalho que escolhemos realizar foi feito a partir de uma seleção de fotos que tirámos na caminhada e que, por ser uma foto de uma árvore de porte tão altivo e majestoso, foi a escolhida, um sobreiro.
É uma planta adaptada ao nosso clima, clima temperado mediterrânico, de invernos amenos e chuvosos e verões quentes e secos, tendo desenvolvido características xerófitas que lhe permitem viver com temperaturas elevadas e escassez de água.
Os sobreiros são muito valiosos, em termos económicos, para os habitantes da região, uma vez que, de nove em nove anos, retiram a cortiça (casca grossa de superfície gretada e rugosa) de alto valor comercial. Os frutos, as bolotas, outrora tiveram uma longa tradição na alimentação animal, principalmente de porcos, hoje em dia, é utilizada em várias utilizações na alimentação humana.
Ao valor económico do sobreiro junta-se a sua importância ecológica já que é considerado uma árvore "bombeira" porque a sua casca grossa torna-o mais resiliente ao fogo.
O sobreiro, é uma espécie protegida que não se pode cortar, foi uma das primeiras árvores protegidas do mundo. Este estatuto, data de pelo menos 1546 quando o rei D. João III proibiu o seu corte e utilização para o fabrico de carvão ou cinzas nas saboarias ribatejanas.
Em 2011, foi instituída como árvore nacional de Portugal.
Memória descritiva:
Memória descritiva
A atividade da caminhada foi uma aposta na interdisciplinaridade das disciplinas de Geografia, Ciências Naturais, Cidadania e Desenvolvimento, Português e Educação Visual).
Depois das fotos tiradas durante a caminhada, na aula de Educação Visual fez-se a seleção da foto/paisagem escolhida, como sendo a preferida para desenvolver o trabalho com vista ao concurso: “Collage Paisagem do meu concelho”.
Posteriormente na aula de Educação Visual, foram projetados alguns exemplos feitos com a técnica da collage.
Os cinco alunos participantes, a saber, Guilherme Nunes, Helena Feijão, Inês Fonseca, Maria Pereira e Sofia Fernandes do 8ºano, turma A, decidiram desenhar o sobreiro da foto selecionada, numa folha de papel cavalinho A3. Os alunos mostraram-se muito empenhados e interessados pela atividade, recebendo um feedback positivo da professora.
Cada um dos alunos fez o seu desenho e no final escolheram qual dos desenhos seria a base do trabalho de grupo.
Desenho escolhido, passou-se à fase da pintura. Foram usados vários materiais, nomeadamente, tinta acrílica, lápis de cera e pasteis secos. A tinta acrílica foi usada nos troncos do sobreiro, pintando com pinceis e nas ramagens foi feita uma pintura com esponja. No fundo, para representar o céu azul, pintou-se com lápis de cera e pastel seco.
De seguida, passou-se à fase da collage, os alunos rasgaram todo o desenho e colaram com cola líquida UHU, todos os pedacinhos num cartão A3 (utilizando a parte de trás do papel de cavalinho, reutilizando a capa e contribuindo para a sustentabilidade ambiental).
Por fim, colaram pequenos pedaços de cortiça no tronco do sobreiro.
Após este trabalho, procedeu-se à investigação e explicação sobre a paisagem representada e à memória descritiva, que decorreu nas aulas de Geografia, Ciências Naturais, CD e Português.
Realça-se a comunicação relacional professor-aluno muito favorável, que contribuiu para o bem-estar afetivo, social e de aprendizagem dos alunos, promovendo o sucesso educativo.